quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O passageiro da vida

Vive-se uma só vida
Todavia fazemos parte de muitas.
Percorre-se uma mesma estrada
No entanto são vários os caminhos.

Lanço-me à frente sem pestanejar
Em busca de melhores sóis.
Lamentos e desilusões
Estão de mim se esquecendo,
Enquanto esperanças e alegrias
De mim vão se lembrando.

Atino que num momento de desânimo
Subjugo-me às idéias cruéis e titubeio.
Mas a fé é tão firme e estável
Que tal fato nem chega a prejudicar-me.
Sou levado por uma torrente de anseios
Que delineiam minha passagem por aqui.

Não sei se por aqui minha passagem foi boa ou não,
Mas até agora passei e tive coragem
Para enfrentar os dragões da discórdia.
Esses os mesmos os quais foram abrandados
Pela espada da misericórdia.

Enfim, ergo a taça da vitória
E bebo dela o vinho da luta vencida
E dou vivas à glória por haver alcançado
E ter a felicidade de ser um passageiro da vida.

Wagner Marim – 08/10/2011

2 comentários:

  1. Wagner...

    Esse poema é especial... em tom de prosa-poética ele expõe sentimentos, sensações que vamos acumulando durante a vida. Reflexões? Não sei, apenas descortinam-se pensamentos que nos povoam durante e vida e acabam por serem transcritos pela mão poeta.
    Uma coisa é certa, só a fé e o acreditar nos fazem compor a existência.
    Parabéns pelo espaço e pelos poemas sempre tão inteligentes e especiais.

    Abraços*
    Renato Baptista

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  2. A vida, permeada por nossa humanidade.
    Belo poema.
    Em divina amizade.
    Sonia Guzzi

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